Brasil vira freguês da Rússia em Dubai

A Rússia é bicampeã da Copa Intercontinental Dubai. Na decisão, encerrada na tarde do último sábado, dia 3, os russos venceram o Brasil por 7 a 4 (gols de Fernando DDI (2), André e Bruno Malias, para os brasileiros, Shaykov (4), Makarov (2) e Shishin, para os russos), e conquistaram o título invicto da competição, disputada na arena montada na praia de Mamzar. Diego Maradona e Anderson ‘Spider’ Silva marcaram presença na Tribuna de Honra e entregaram os prêmios individuais: o russo Bukhlitskyi foi eleito ‘Melhor Goleiro’, Fernando DDI foi o ‘Artilheiro’ (10 gols) e o russo Shaykov foi o ‘Melhor Jogador’. Na preliminar, os Emirados Árabes garantiram o terceiro lugar do torneio ao vencerem a Nigéria por 8 a 7 numa partida emocionante. Esta foi a terceira vitória consecutiva dos russos sobre os brasileiros (Copa do Mundo FIFA Ravenna 2011, I Copa Intercontinental e II Copa Intercontinental). Guga Zloccowick lamentou a derrota, mas fez questão de elogiar a raça e o empenho dos jogadores, que lutaram até o apito final.

- Alternamos bons e maus momentos durante a partida. A Rússia mereceu a vitória, pelo que fez, porque aproveitou as oportunidades que criou, é uma grande equipe. Mas o Brasil também sai de cabeça erguida, a equipe mostrou raça e empenho em quadra, mesmo quando o placar era muito desfavorável. Tentamos, arriscamos com o goleiro-linha, que deu certo, pressionamos e poderíamos ter igualado o jogo, tivemos chances para isso. Tivemos muitos problemas de lesão durante o campeonato, perdemos o Mão no começo do jogo, já não tínhamos Bruno Xavier e Anderson, são jogadores importantes que fizeram falta. Mas isso não é uma desculpa. Buscamos o título, lutamos, mas ele não veio, e temos que olhar pra frente, continuar trabalhando – afirmou o treinador.

A Rússia levou perigo logo nos primeiros segundos de jogo, na tentativa de Makarov. Bruno Malias deu o troco: o atacante recebeu lançamento de Mão e, na saída de Bukhlitskyi, tocou rente à trave. Diante da boa marcação russa, que não dava espaços, o Brasil apostava nos chutes de longe para surpreender o goleiro russo. Mão salvou o Brasil na cabeçada de Shkarin, mas levou a pior no choque com o russo. O camisa 1 deixou a quadra machucado, dando lugar a Leandro Fanta, logo aos 4’. Na sequência, Jorginho, em linda jogada, driblou até Bukhlitskyi para tocar, mas a bola quicou na areia e desviou do gol, saindo por pouco. Makarov, em belo chute de longe, acertou o ângulo, sem chances para Fanta: 1 a 0, aos 4’42”. Fanta apareceu bem em pancada de Shishin. Outra boa defesa do camisa 12 na falta cobrada por Makarov. Os campeões do mundo pressionavam em busca do segundo gol e ele veio com Shaykov, que recebeu, girou à frente de Sidney e bateu: 2 a 0, aos 9’. Shaykov ainda fez mais um, em bobeada da defesa brasileira: 3 a 0, a 25 segundos do fim, resultado parcial.

Guga Zloccowick mandou o time à frente. A desvantagem no placar obrigava os brasileiros a correr contra o relógio. Mas foi a Rússia quem marcou, outra vez com Shaykov, num lance de sorte, após chutar prensado contra Gil, encobrindo Leandro: 4 a 0, aos 2’52”. André foi derrubado por Krash na área, aos 6’18”. O camisa 9 bateu forte, no meio do gol e Bukhlitskyi defendeu. A situação ficou ainda mais complicada depois que Benjamin derrubou Shaykov na área. Pênalti bem cobrado pelo atacante russo: 5 a 0, aos 8’39”. Fernando DDI, de bicicleta, diminuiu, dando a esperança de uma reação brasileira: 5 a 1, aos 9’39”. Mas Shishin esfriou a reação, num golaço: 6 a 1, aos 10’52”, placar do segundo período.

Jorginho foi para o gol logo no primeiro minuto da etapa final, para fazer a função de goleiro-linha. Com mais posse de bola, o Brasil tinha o capitão chegando ao campo de ataque, forçando a Rússia a recuar, esperando uma bobeada brasileira. Makarov roubou a bola de Jorginho e chutou para o gol vazio: 7 a 1, aos 3’35”. Fernando DDI encheu o pé após boa trama do ataque para diminuir: 7 a 2, aos 3’52”. A Rússia não tinha pressa, o Brasil era melhor, com Jorginho armando as jogadas, mas perdia boas chances. Bruno Malias fez mais um: 7 a 3, aos 6’15”. Em seguida, Bukhlitskyi operou um milagre para evitar o gol de Jorginho. O Brasil pressionou, fez mais um com André, cobrando pênalti: 7 a 4, a 14 segundos do fim. Mas não foi o suficiente para evitar o bicampeonato russo em Dubai.

Fonte: CBBS