quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Natal é exceção entre sedes que multiplicaram os gastos

Um Estudo realizado por Alexandre Sidnei Guimarães, consultor legislativo do Senado Federal apresenta o comparativo dos custos das obras para a Copa do Mundo FIFA 2014 entre janeiro e setembro deste ano. Segundo o autor, o aumento foi de R$ 6,83 bilhões (em termos percentuais, 28,7%); variando de R$ 23,83 bilhões; em janeiro, para R$ 30,66 bilhões em setembro. A cidade de Natal está entre as que menos contribuiu para este aumento. O reajuste na capital potiguar foi de apenas (0,4%) ou seja R$ 5,4 milhões, ao lado de Recife que reajustou para mais seus projetos em (0,1%), ou seja R$ 1,6 milhões em gastos a mais.
O texto "O aumento oficial dos custos das obras da Copa FIFA 2014", compara os valores trazidos pelo documento "Situação dos Preparativos do País para a Copa do Mundo FIFA 2014", de 14/09/2011, com o documento "1º Balanço das Obras da Copa do Mundo FIFA 2014", de janeiro deste ano, ambos publicados pelo Ministério do Esporte.

Também, em alguns casos especificados no texto, utiliza-se dos dados do Portal da Transparência - Copa 2014, da Controladoria-Geral da União (CGU): www.portaltransparencia.gov.br/copa2014/.

Além disso, acrescentou-se o valor R$ 3,247 bilhões do PAC Mobilidade Grandes Cidades, anunciado no dia 16/09/2011, pela Presidente Dilma Rousseff, para mais três obras de mobilidade urbana em Belo Horizonte-MG.

De acordo com o secretário da Secopa, Demétrio Torres, esse equilíbrio comprova que o projeto de Natal foi feito dentro da realidade. "Essa diferença surge devido ao somatório de diversos itens quando você transforma o projeto básico no projeto executivo", analisou.

Sobre o risco de que, no futuro, surjam mudanças substanciais que elevem esses gastos, Torres tratou de tranquilizar a população. "Não teremos grandes mudanças e por isso não teremos surpresas", complementou.

O estudo mostra que a variação positiva nos custos com a Copa do Mundo em Natal se deveu essencialmente a uma previsão de aumento de gastos referentes a construção do aeroporto de São Gonçalo do Amarante que teria passado de R$ 577 milhões para R$ 582,4 milhões, referente à infraestrutura, drenagem, pista, entre outros. De acordo com a assessoria da Infraero, ela desconhece esse acréscimo.

O valor das obras de mobilidade urbana foi o que mais cresceu, mais de R$ 4,4 bilhões (em termos percentuais, 37,5%). Segue-se o aumento de R$ 1,3 bilhão nos custos dos estádios (ou seja, 23,2%). Vale destacar que aqui estão incluídos os valores da Arena de São Paulo e as novas obras de mobilidade urbana destinadas a Belo Horizonte-MG, não incluídas em janeiro de 2011.

Sem o valor de novas obras, percentualmente os maiores aumentos encontram-se nas reformas de portos e aeroportos, 21,4% e 16,2%, respectivamente.

O maior aumento de custos nas Cidades-Sedes ocorreu em Cuiabá-MT, R$ 699 milhões (ou 59,6%). O Rio de Janeiro-RJ, com R$ 503,8 milhões reais de elevação nos custos (14,6% em relação a janeiro de 2011), e Porto Alegre-RS, aumento de R$ 423 milhões (43,2% no período) também chamam atenção. Os menores aumentos ocorreram em Recife-PE, R$ 1,6 milhão (ou 0,1%), e em Natal R$ 5,4 milhões (ou 0,4%).

As obras do Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre-RS, foram as que mais tiveram elevação percentual, de 88,3%, subindo de R$ 154 milhões para R$ 290 milhões). Outros grandes aumentos nos valores estão nas reformas da Fonte Nova (Salvador - BA) e do Maracanã (Rio de Janeiro - RJ), R$ 192,2 milhões e R$ 103,9 milhões, respectivamente. No entanto, desprezando-se o valor da Arena de São Paulo, o aumento no valor das obras em estádios foi de 8,6% (ou R$ 486,3 milhões), a menor variação relativa nos diferentes grupos.

A elevação dos custos nas obras de aeroportos foi de R$ 901,4 milhões (ou 16,2%) no período. O Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre-RS, apresentou o maior crescimento de custos, que aumentou R$ 233,2 milhões (ou 67,4%).

O estudo conclui ressaltando que grande parte das obras de mobilidade urbana e nos aeroportos e portos, ainda não iniciou, o que pode gerar aumento futuro de valores.

Cobertura tem até dia 1º para ser retirada
A empresa que está retirando a cobertura do ginásio Machadinho tem até o dia 1º de outubro para concluir o serviço. O aviso foi dado pelo secretário da Secopa, Demétrio Torres, que pretende iniciar o trabalho de demolição da antiga praça esportiva o quanto antes. Satisfeito com o progresso das obras, Demétrio ressaltou que antes mesmo do término da demolição completa do complexo Machadão-Machadinho, algumas obras de fundação já estarão aparentes.

Enquanto não é iniciada uma nova etapa no canteiro de obras, a Secopa toca o processo de licitação para definir o nome da empresa independente que irá auditar a execução físico-financeira dos investimentos realizados na Arena das Dunas e que deve estar concluído também até o final desse mês. O secretário atende a uma solicitação do TCUcontida no programa para financiamentos de arenas. O processo apresentado ainda na administração de Iberê Ferreira de Souza e que teria um custo total de R$ 16 milhões, foi refeito por Demétrio Torres.
 
Fonte: Tribuna do Norte

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