terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Fifa quer que o Brasil assuma riscos extras

A Fifa não abrirá mão de ser ressarcida caso algum desastre natural ou problema de segurança afete a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014. Este foi o recado dado ontem pelo secretário-geral da entidade, Jérome Valcke, em entrevista em Brasília ao lado do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e do representante do Comitê Organizador Local (COL), o ex-jogador Ronaldo. Valcke está no Brasil nesta semana para visitar duas cidades-sede, Fortaleza e Salvador, e fazer novas negociações sobre o projeto da Lei Geral da Copa, que ainda está pendente de votação no Congresso.

A discussão sobre a responsabilidade civil da União em relação ao evento foi o principal entrave para a votação do projeto em dezembro. Uma versão do texto apresentada pelo relator Vicente Cândido (PT-SP) atendia a pedidos da Fifa e determinava que o governo brasileiro deveria responder por danos a bens e pessoas "independente de culpa" e por fatos de "qualquer natureza", inclusive os de "força maior". A proposta uniu governo e oposição contra o texto e a votação ficou para 2012.

Ontem, Valcke reforçou ser objetivo da entidade conseguir essas garantias. "Desastre natural, segurança no país, isso não pode ser responsabilidade da Fifa, tem que ser do governo. Isso não pode ser da Fifa", disse Valcke. O secretário-geral afirmou que é preciso encontrar uma redação que atenda a esse objetivo. O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse que o Brasil vai cumprir apenas o que foi prometido à entidade em 2007.
Fonte: AE

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