A menos de dois anos e meio para o início da Copa do Mundo de 2014, os trabalhadores se multiplicam nos canteiros de obras dos estádios que serão usados no torneio. Com prazo apertado para a entrega do que foi prometido, operários trabalham praticamente 24 horas por dia em pelo menos cinco dos 12 estádios do Mundial. Em outros cinco, a contratação de mais funcionários já está prevista, tudo para garantir que as arenas estejam prontas nas datas estabelecidas pela Fifa.
Um turno extra de trabalho, durante a madrugada, já foi iniciado no Itaquerão (em São Paulo), no Maracanã (no Rio de Janeiro), no Estádio Nacional (em Brasília), na Fonte Nova (em Salvador) e na Arena Pernambuco (em Recife). Em todos os casos, operários trabalham à luz de postes e refletores para não deixar que o ritmo das obras diminua.
O mesmo deve acontecer no Beira-Rio a partir deste mês. A obra da arena gaúcha para o Mundial está parada, mas deve ser retomada nos próximos dias. O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, já avisou que o trabalho será tocado sem pausas. “Falei com representantes da Andrade Gutierrez e dei a garantia para a construtora trabalhar 24 horas”, disse Fortunati, na sede do Inter.
Enquanto alguns estádios põem operários para trabalhar na madrugada, outros contratam trabalhadores. Apesar das obras do Mineirão (em Belo Horizonte), da Arena das Dunas (em Natal), do Castelão (em Fortaleza) e da Arena Pantanal (em Cuiabá) estarem correndo conforme o cronograma, elas serão aceleradas nos próximos meses. Governos e construtoras informaram que cerca de 2.000 operários devem ser contratados ainda neste ano para as empreitadas.
Só na Arena da Amazônia não há previsão de novas contratações ou turnos de madrugada. A Arena da Baixada não informou o andamento de suas obras.
Saiba o que cada estádio está fazendo para apressar suas obras
Itaquerão (SP) Cerca 1.800 operários trabalham 22h por dia na obra. Pelo menos 60 pessoas estão no canteiro de obras das 20h às 5h40. O turno da madrugada foi iniciado neste mês.
Maracanã (RJ) Obra tem 3.000 operários e mais 1.000 ainda serão contratados. Atualmente, há dois turnos de trabalho na obra. Um deles, das 19h às 5h. No futuro, a obra terá um terceiro turno de trabalho.
Fonte Nova (BA) 2.100 pessoas trabalham 23h por dia na obra. Os funcionários estão divididos em três turnos. Parte deles trabalha de madrugada. Maquinário extra também foi contratado.
Estádio Nacional (DF) Cerca de 3.000 pessoas trabalham na obra. Parte deles, das 20h às 5h. O turno da madrugada foi iniciado em setembro de 2011para que o estádio receba a Copa das Confederações.
Arena Pernambuco (PE) Dos 2.100 funcionários da obra, 250 trabalham das 17h às 2h30 desde abril do ano passado. Neste ano, mais 500 operários serão contratados.
Beira-Rio (RS) Obras estão paradas por problemas no contrato com a construtora, mas serão tocadas 24h por dia a partir deste mês, segundo a prefeituro de Porto Alegre, José Fortunati.
Arena das Dunas (RN) Atualmente, 400 pessoas trabalham na obra, 80 deles de noite. Estimativa é de que o número aumente para 1200 ainda em 2011, quando a construção atingirá seu pico.
Arena Pantanal (MT) Cerca de 650 operários trabalham na obra neste momento. O número deve chegar a 1.000 durante este ano.
Mineirão (MG) Cerca 1.500 pessoas trabalham na obra. A reforma deve contar com 500 operários ainda neste ano.
Castelão (CE) Cerca de 960 operários trabalham na obra atualmente, nenhum de noite. Esse número deve chegar a 1.500 até o final deste ano.
Seja com turnos extras, seja com novos funcionários, fato é que a aceleração das obras custa dinheiro. Segundo engenheiros ouvidos pelo UOL Esporte, a mão de obra é hoje um dos principais custos em um novo empreedimento. Por isso, o aumento das horas trabalhadas ou do número de funcionários contratados terá impacto no preço final dos estádios.
Melvis Barrios Júnior é membro do Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia) e está acostumado a calcular o custo de obras. Ele disse que os funcionários custam até 40% de um empreendimento. Já os turnos extras de trabalho aumentam em até 30% o custo com funcionários. Ou seja, com urgência, uma obra sai até 12% mais cara.
“Contratar mais gente, pagar adicional noturno, tudo isso custa caro”, afirmou Melvis. “O custo dos estádios vai aumentar, com certeza.”
Acompanhe as obras
Para o presidente do Sinaenco-SP (Sindicato da Arquitetura e da Engenharia de São Paulo), José Roberto Bernasconi, ainda é cedo para dizer quanto exatamente essa pressa vai custar. Ele confirma, contudo, a opinião Barrios Júnior de que, certamente, o custo das obras vai aumentar com mais pessoas trabalhando.
“O anúncio de que a Copa seria no Brasil foi em outubro de 2007, mas alguns estádios começaram a ser construídos em 2011”, disse ele. “Vai ser agora que vamos pagar pelo atraso. Não tem jeito.”
A maioria das construtoras responsáveis pelas obras, porém, discorda dos engenheiros. Procuradas pelo UOL Esporte, elas informaram que os turnos extras e as contratações de mais funcionários já estavam previstas no projeto inicial dos estádios. De acordo com elas, portanto, o custo das obras não será afetado.
Dois governos, porém, admitiram que nem tudo estava planejado. O Distrito Federal, por exemplo, informou que o turno das obras durante a madrugada, iniciado em setembro do ano passado, não estava previsto. Foi contratado devido à preocupação do governo com a Copa das Confederações, em 2013.
A Copa das Confederações também foi usada como justificativa para os turnos extras na Fonte Nova, em Salvador. O secretário municipal extraordinário para Copa, Leonel Leal, confirmou que a pressa tem um custo. Disse, no entanto, que esse custo compensa. “Estamos contanto com a Copa das Confederações", disse ele. "É o custo da oportunidade.”
Um turno extra de trabalho, durante a madrugada, já foi iniciado no Itaquerão (em São Paulo), no Maracanã (no Rio de Janeiro), no Estádio Nacional (em Brasília), na Fonte Nova (em Salvador) e na Arena Pernambuco (em Recife). Em todos os casos, operários trabalham à luz de postes e refletores para não deixar que o ritmo das obras diminua.
O mesmo deve acontecer no Beira-Rio a partir deste mês. A obra da arena gaúcha para o Mundial está parada, mas deve ser retomada nos próximos dias. O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, já avisou que o trabalho será tocado sem pausas. “Falei com representantes da Andrade Gutierrez e dei a garantia para a construtora trabalhar 24 horas”, disse Fortunati, na sede do Inter.
Enquanto alguns estádios põem operários para trabalhar na madrugada, outros contratam trabalhadores. Apesar das obras do Mineirão (em Belo Horizonte), da Arena das Dunas (em Natal), do Castelão (em Fortaleza) e da Arena Pantanal (em Cuiabá) estarem correndo conforme o cronograma, elas serão aceleradas nos próximos meses. Governos e construtoras informaram que cerca de 2.000 operários devem ser contratados ainda neste ano para as empreitadas.
Só na Arena da Amazônia não há previsão de novas contratações ou turnos de madrugada. A Arena da Baixada não informou o andamento de suas obras.
Saiba o que cada estádio está fazendo para apressar suas obras
Itaquerão (SP) Cerca 1.800 operários trabalham 22h por dia na obra. Pelo menos 60 pessoas estão no canteiro de obras das 20h às 5h40. O turno da madrugada foi iniciado neste mês.
Maracanã (RJ) Obra tem 3.000 operários e mais 1.000 ainda serão contratados. Atualmente, há dois turnos de trabalho na obra. Um deles, das 19h às 5h. No futuro, a obra terá um terceiro turno de trabalho.
Fonte Nova (BA) 2.100 pessoas trabalham 23h por dia na obra. Os funcionários estão divididos em três turnos. Parte deles trabalha de madrugada. Maquinário extra também foi contratado.
Estádio Nacional (DF) Cerca de 3.000 pessoas trabalham na obra. Parte deles, das 20h às 5h. O turno da madrugada foi iniciado em setembro de 2011para que o estádio receba a Copa das Confederações.
Arena Pernambuco (PE) Dos 2.100 funcionários da obra, 250 trabalham das 17h às 2h30 desde abril do ano passado. Neste ano, mais 500 operários serão contratados.
Beira-Rio (RS) Obras estão paradas por problemas no contrato com a construtora, mas serão tocadas 24h por dia a partir deste mês, segundo a prefeituro de Porto Alegre, José Fortunati.
Arena das Dunas (RN) Atualmente, 400 pessoas trabalham na obra, 80 deles de noite. Estimativa é de que o número aumente para 1200 ainda em 2011, quando a construção atingirá seu pico.
Arena Pantanal (MT) Cerca de 650 operários trabalham na obra neste momento. O número deve chegar a 1.000 durante este ano.
Mineirão (MG) Cerca 1.500 pessoas trabalham na obra. A reforma deve contar com 500 operários ainda neste ano.
Castelão (CE) Cerca de 960 operários trabalham na obra atualmente, nenhum de noite. Esse número deve chegar a 1.500 até o final deste ano.
Seja com turnos extras, seja com novos funcionários, fato é que a aceleração das obras custa dinheiro. Segundo engenheiros ouvidos pelo UOL Esporte, a mão de obra é hoje um dos principais custos em um novo empreedimento. Por isso, o aumento das horas trabalhadas ou do número de funcionários contratados terá impacto no preço final dos estádios.
Melvis Barrios Júnior é membro do Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia) e está acostumado a calcular o custo de obras. Ele disse que os funcionários custam até 40% de um empreendimento. Já os turnos extras de trabalho aumentam em até 30% o custo com funcionários. Ou seja, com urgência, uma obra sai até 12% mais cara.
“Contratar mais gente, pagar adicional noturno, tudo isso custa caro”, afirmou Melvis. “O custo dos estádios vai aumentar, com certeza.”
Acompanhe as obras
Para o presidente do Sinaenco-SP (Sindicato da Arquitetura e da Engenharia de São Paulo), José Roberto Bernasconi, ainda é cedo para dizer quanto exatamente essa pressa vai custar. Ele confirma, contudo, a opinião Barrios Júnior de que, certamente, o custo das obras vai aumentar com mais pessoas trabalhando.
“O anúncio de que a Copa seria no Brasil foi em outubro de 2007, mas alguns estádios começaram a ser construídos em 2011”, disse ele. “Vai ser agora que vamos pagar pelo atraso. Não tem jeito.”
A maioria das construtoras responsáveis pelas obras, porém, discorda dos engenheiros. Procuradas pelo UOL Esporte, elas informaram que os turnos extras e as contratações de mais funcionários já estavam previstas no projeto inicial dos estádios. De acordo com elas, portanto, o custo das obras não será afetado.
Dois governos, porém, admitiram que nem tudo estava planejado. O Distrito Federal, por exemplo, informou que o turno das obras durante a madrugada, iniciado em setembro do ano passado, não estava previsto. Foi contratado devido à preocupação do governo com a Copa das Confederações, em 2013.
A Copa das Confederações também foi usada como justificativa para os turnos extras na Fonte Nova, em Salvador. O secretário municipal extraordinário para Copa, Leonel Leal, confirmou que a pressa tem um custo. Disse, no entanto, que esse custo compensa. “Estamos contanto com a Copa das Confederações", disse ele. "É o custo da oportunidade.”
Fonte: Uol
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