domingo, 23 de outubro de 2011

Dois novos hospitais estão sendo projetados para 2014

A região metropolitana de Natal, que agrega mais de 1,3 milhão de habitantes, vivencia um déficit de 50 leitos de UTI e de 300 leitos para internações clínicas e cirúrgicas, segundo o Ministério da Saúde. Para por fim a esse gargalo, os gestores públicos da Saúde só estão enxergando uma possibilidade: aproveitar o momento da Copa 2014, para garantir recursos. E, alguns projetos já estão nascendo, de olho nos recursos que podem advir por causa do Mundial.

A projeção de investimentos feita pelo Câmara Temática de Saúde [Local], se somada, chega a R$ 118 milhões. Nesse cálculo, leva-se em conta a construção de um hospital especializado em trauma-ortopedia, da rede estadual, que vai exigir um investimento de R$ 75 milhões [obras físicas e equipamentos] e um hospital, da rede municipal,  com foco na cardiologia ao custo de R$ 40 milhões [parte física]. Para essa unidade, o orçamento geral do município para 2012 prevê um crédito de R$ 8 milhões.

O OGM ainda está em discussão na Câmara Municipal de Natal e deve ser votado até dezembro. "A expectativa é de que o município abrindo o crédito inicial possa conseguir recursos federais", disse a diretora  do Departamento de Atenção Especializada, da Secretaria Municipal de Saúde, Cristiana Leite. Segundo ele, o projeto técnico ainda não chegou a ser elaborado. Existe apenas o esboço. 

No caso do Estado, parte dos recursos para a construção do hospital será garantida com o leilão do estádio Juvenal Lamartine, cujo  lance inicial de ficar perto de R$ 28 milhões. Segundo Arruda, o Estado está tentando agilizar a licitação para garantir a construção e conclusão da unidade até 2014. O anteprojeto prevê para a obra física um custo de R$ 40 milhões e para equipamentos, de R$ 35 milhões.  "A Copa é um argumento forte para conseguir efetivar a construção do hospital de trauma, e só isso já resolve o gargalo do hospital Walfredo Gurgel, que ficaria sendo um hospital de retaguarda", afirmou.

Já na rede privada, somente o Hospital do Coração deve investir até 2014 cerca de R$ 10 milhões na ampliação da área de diagnóstico de imagem; na criação de mais 60 leitos para emergência clínica e cirúrgica e na aquisição de 80 salas. O projeto, segundo um dos diretores do HC, Nelson Solano, é transferir para essas salas todos os consultórios que hoje funcionam dentro do hospital. O espaço aberto dará lugar aos leitos de internação. A previsão é de que a 1ª  fase - de transferência dos consultórios - fique pronta até 2013, e as alas de internação em 2014, antes da Copa. Cerca de 30% do investimento é próprio e o restante financiado.

Rede privada também terá investimentos

Os planos de ações para a Copa, na área da Saúde, devem ser  entregues ao Comitê Nacional de Saúde até 30 de outubro. No caso das urgências e emergências, o eixo fundamental é a integração das bases do Samu Natal e Samu Metropolitano, e implantação da regulação única da rede na região metropolitana de Natal. "Integrados, estaremos mais fortes e seremos mais efetivos", afirma o coordenador do Samu Metropolitano, Luiz Roberto Fonseca. Além de otimizar recursos financeiros, a unificação vai permitir ampliar a atuação.

Com o plano de integração, o Samu 192 deve passar a fazer a cobertura de 14 municípios, de Macau a Baia Formosa. Além da modernização das comunicações para o sistema digital [hoje, o sistema de rádio é analógico, com clarões de comunicação em várias áreas], o serviço pleiteia a ampliação da frota em 30% e aquisição de, pelo menos, uma aeronave.

O coordenador do Samu Natal, Ariano Oliveira, salientou que a unificação "vai reduzir angústias e reduzir o tempo de resposta". Ele  disse que outra meta é a integração do Samu e Bombeiros.

Na retaguarda da reestruturação, garantiu a diretora do Departamento de Atenção Especializada, da SMS, Cristiana Leite, o município quer concluir até 2014 as três Unidades de Pronto-Atendimento previstas para Natal. Quanto à atenção básica, a proposta é potencializar a rede, com instalação de salas de estabilização nos pronto-atendimentos e nas unidades básicas, nas regiões não beneficiadas pelas UPAs.

Fonte: Tribuna do Norte

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