quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Finalmente Machadinho veio abaixo

A estrutura das arquibancadas do ginásio Machadinho está no chão. Antes de iniciar o trabalho de demolição das bases que sustentavam aquela praça de esportes, considerado o mais demorado pelos engenheiros, os técnicos vão promover a limpeza total da área. Depois será dado início ao serviço de trituração do escombro, visando separar o cimento da ferragem para o serviço de reprocessamento dos materiais.

A previsão inicial é que o serviço de demolição acabe no dia 18 de novembro, mas o secretário da Secopa, Demétrio Torres, acredita que ele poderá ser concluído bem antes do prazo previsto. "Nossa meta ao dar um prazo bem elástico para demolição do Machadinho foi trabalhar com o imprevisto. Se uma máquina dessa que estão sendo usadas na demolição quebrar, teríamos de trazer um técnico de fora e isso iria demandar um pouco de tempo. Por isso resolvemos colocar esses 30 dias de serviço, mas num ritmo normal acredito que precisaremos apenas da metade desse prazo ou um pouco mais apenas", destacou Demétrio.

CALENDÁRIO

A Fifa finalmente divulgará nesta quinta-feira o calendário oficial de jogos da Copa do Mundo de 2014. Mas, depois de quatro anos de disputas, o plano atende mais a interesses políticos e comerciais que propriamente esportivos. Para o anúncio, programado para começar às 13h20 (horário de Brasília), em Zurique, na Suíça, nada de craques das seleções ou ex-jogadores. Apenas políticos, cartolas e patrocinadores.

Foram 57 calendários feitos até chegar ao formato final, a ser divulgado nesta quinta-feira, com as sedes de todos os jogos. A CBF e a Fifa tinham de adequar as promessas políticas a um organograma que atendesse ao formato também das televisões e interesses comerciais.

São Paulo ficará com a abertura da Copa, depois de muito impasse para a construção de um novo estádio. Brasília, por sua vez, terá a abertura da Copa das Confederações, em 2013, como prêmio de consolação por não ter o jogo inaugural do Mundial.

O Nordeste também foi valorizado. Assim, um terço dos jogos da Copa deve ser realizado na região. Enquanto isso, o Maracanã está fora de todos os prazos. Mas, por ser o Rio, a Fifa faz vistas grossas a todos os problemas do estádio e a cidade terá a final do Mundial.

O evento na Suíça contará com a presença de dois governadores,  Agnelo Queiroz de Brasília e de  Antônio Anastasia, de Minas.

Fifa ainda reclama da morosidade do Governo

Zurique (AE) - O anúncio do calendário de jogos do Mundial de 2014, marcado para acontecer hoje, em Zurique, na Suíça, está sendo ofuscado por uma guerra aberta entre a Fifa e o Palácio do Planalto, a ponto de até os organizadores da conturbada Copa de 2010, na África do Sul, passarem a atacar o comportamento da presidente Dilma Rousseff. O principal motivo da crise é a Lei Geral da Copa, que, no entender da entidade, já deveria ter sido aprovada pelo Congresso.

O problema, segundo a Fifa, é que o governo enviou ao Legislativo um projeto de lei diferente do que exige a entidade e com dois anos de atraso. Para o Planalto, o projeto previa superpoderes para a CBF e a Fifa, além de exigências de proteção de marcas que feriam a lei nacional. Dilma disse que não aceitaria leis que minassem benefícios da população.

Na Fifa, cartolas não negam que o comportamento do governo brasileiro criam a percepção de que não há como confiar na administração. O que mais preocupa a entidade é que nem mesmo o encontro entre o secretário-geral Jérôme Valcke e Dilma, há duas semanas, em Bruxelas, e nem uma reunião entre advogados na semana passada, em Brasília, foi suficiente para superar o impasse.

Valcke saiu da reunião com a convicção de que Dilma teria entendido que a Fifa iria manter suas exigências. Mas foi pego de surpresa pela declaração da presidente, durante visita à África do Sul, indicando que não mudaria nada que hoje beneficia a população brasileira.

Ainda que a declaração não queira dizer que ela não faria alterações na Lei Geral da Copa - embora exista o temor de que os compromissos assumidos possam ser revistos novamente -, a Fifa considera que o governo está "jogando para o público" e usando a entidade para ganhar popularidade interna ao ameaçar não ceder.

A reportagem recebeu confirmações da Fifa de que, por lei, a entidade tem como tirar a Copa do Brasil até meados de 2012, sem pagar indenização. Se sentir que terá prejuízo com o evento, poderia optar por mudar de sede. Mas dificilmente essa possibilidade vai ser usada.

A decisão de Dilma de assumir o comando do processo da Copa, retirando os poderes do ministro do Esporte, Orlando Silva, foi considerada positiva, mas, segundo funcionários do alto escalão da Fifa, não acaba com a crise. Ao contrário, seria só o começo de uma nova etapa de relacionamento.

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