quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Alexandre Padilha é contra a venda de bebida em estádios

O ministro Alexandre Padilha (Saúde) disse ser contra mudanças no Estatuto do Torcedor, que, segundo relatório da Lei Geral da Copa, apresentado ontem, permitiria o consumo de bebidas alcoólicas nos estádios durante a Copa do Mundo de 2014.

"Sou a favor que se mantenha o que está no Estatuto e que não se permita o consumo de álcool nos estádios durante os jogos da Copa", disse o ministro.

Padilha participou, na tarde desta quarta-feira, da Comissão Especial sobre Bebidas Alcoólicas, na Câmara.

Os deputados presentes na comissão expressaram indignação em relação à possível mudança no estatuto e aprovaram "moção de repúdio", a ser entregue no plenário na Câmara, nas lideranças e na Presidência.

"Isso é uma tragédia anunciada", afirmou o deputado Carlos Alberto Lopes (PMN-RJ).

Os integrantes da comissão especial argumentaram que o banimento da venda de bebidas alcoólicas em estádios foi "uma das medidas mais auspiciosas" já implantadas, pois teria "evitado grande número de episódios de violência e até morte".

O deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), relator da comissão, ainda pediu o apoio do ministro Padilha para a aprovação do projeto de lei 2.733/2008, apresentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que altera o atual limite de graduação de bebidas alcoólicas -- que é de 13% -- para 0,5%.

MAIS SOBRE A LEI

Pelo texto da Lei, a bebida só poderá ser consumida em bares, restaurantes e locais similares. A proposta deverá ser votada na próxima semana na comissão geral e, segundo o relator, a redação ainda pode ser alterada para ficar mais clara. Depois, irá a plenário. A Lei Geral da Copa prevê, ainda, pelo menos 300 mil ingressos da categoria 4, que deverá custar cerca de US$ 25 cada um. Os bilhetes serão divididos em cotas de 50% para estudantes e idosos, e 50% para indígenas e participantes do Bolsa Família.

Por conta dessa cota, não haverá meia-entrada no Mundial de 2014 prevista na Lei Geral da Copa. Alguns Estados, contudo, têm leis locais que garantem o benefício.

O relatório final da Lei Geral da Copa prevê ainda prêmio de R$ 100 mil para os vencedores dos Mundiais de 1958, 1962 e 1970.

Fonte: Futebol do Norte

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