A oitava edição do Footecon – Fórum Internacional de Futebol – abriu suas portas na manhã desta terça-feira (6), com o anúncio de novos horizontes para o evento em 2012. Idealizador do fórum, Carlos Alberto Parreira lançou o Footecon – Seminário Cidade-Sede, uma versão mais curta do evento, com um dia de duração, voltada principalmente para as possibilidades abertas pela Copa do Mundo do Brasil, em 2014. A primeira edição será no dia 5 de março de 2012, em Curitiba, Paraná. A previsão é que o fórum seja realizado em todas as outras cidades-sede até o início do Mundial. O anúncio foi feito durante a solenidade de abertura, que contou ainda com a presença do Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, do presidente de honra da FIFA, João Havelange, e do presidente da GL events Brasil, Arthur Repsold. Também estiveram à mesa os secretários estadual e municipal de Esportes e Lazer, Marcia Lins e Romário Galvão Maia.
“Reuniremos dirigentes, técnicos, jogadores, empresários, os principais nomes do mercado esportivo local para um evento com a mesma filosofia deste Footecon. Será no dia 5 de março, no Hotel Four Points By Sheraton”, anunciou Parreira. “O projeto é fantástico. Estamos muito contentes de Curitiba ter sido a primeira cidade escolhida”, afirmou o Secretário Estadual de Assuntos para a Copa do Mundo do Paraná, Mario Celso Cunha.
Numa das palestras mais concorridas da manhã, o técnico da seleção brasileira, Mano Menezes debateu o Modelo Barcelona x Modelo Brasileiros de formação de jogadores e depois falou sobre a preparação do time olímpico para os Jogos de Londres-2012.
“Tenho uma ideia clara do que vamos fazer. As Olimpíadas começam em 25 de julho. Temos uma data-Fifa em fevereiro em que usaremos a equipe principal e depois três meses sem datas-Fifa. A partir de junho vamos focar na equipe olímpica”, afirmou Mano, que não teme ser demitido em caso de fracasso nos Jogos Olímpicos. “Olimpíadas já tirara treinador do cargo, já deixaram... Não vou me prender a isso”, comentou Mano.
Durante a manhã de abertura do Footecon, o Barcelona, classificado como o melhor time do mundo, virou o centro das conversas. Diretor-técnico do CT La Masia, fábrica de talentos do Barcelona, o espanhol Jordi Mestre explicou o processo de formação que guia as categorias de base do clube catalão. Tricampeão espanhol e campeão europeu, o time azul-grená conta com diversos jogadores criados em casa no time titular – entre eles, Messi, Xavi e Iniesta, eleito os três melhores jogadores do mundo em 2010 pela FIFA. Mestre lembrou que são frutos de um trabalho que já dura três décadas e que tem por objetivo a formação de talentos e não resultados imediatistas nas categorias de base.
“La Masia está integrada a uma filosofia de trabalho, que segue da equipe infantil ao time principal: praticar um jogo ofensivo e espetacular. Isso não é uma aventura de um técnico ou presidente”, afirmou Mestre, que ainda enalteceu as questões econômicas de La Masia. “É um investimento que custa algum dinheiro, mas quanto custaria hoje contratar jogadores com Messi, Piquet, Puyol, Xaví, Iniesta? 80% do nosso sucesso é justificado por La Masia”.
Já Mano Menezes, apontou justamente a falta de uma filosofia comum como principal problema para a formação de jogadores. “Não há nenhum trabalho nesse sentido. Aqui no Brasil, o técnico é o projeto. Quando sai o treinador, começa tudo de novo. Deveria ser o contrário: o clube é que deveria impor sua filosofia ao técnico e não o contrário”, afirmou o técnico da Seleção, que culpou ainda a pressão por resultados desde a categoria de base. “Não conseguimos viver sem resultado aqui”. Presentes ao debate, o diretor-executivo de futebol do Vasco, Rodrigo Caetano, o coordenador-geral das categorias de base do Inter, Jorge Macedo Junior, e o diretor-executivo de futebol do Fluminense, Marcelo Teixeira, também apontaram a voracidade do mercado como um fator que dificulta a formação. “Há uma necessidade de se colocar um jogador em campo aos 17, 18 anos, sem que a sua formação esteja completa. Essa pressa corta etapas importantes”, afirmou Jorge Macedo.
“Reuniremos dirigentes, técnicos, jogadores, empresários, os principais nomes do mercado esportivo local para um evento com a mesma filosofia deste Footecon. Será no dia 5 de março, no Hotel Four Points By Sheraton”, anunciou Parreira. “O projeto é fantástico. Estamos muito contentes de Curitiba ter sido a primeira cidade escolhida”, afirmou o Secretário Estadual de Assuntos para a Copa do Mundo do Paraná, Mario Celso Cunha.
Numa das palestras mais concorridas da manhã, o técnico da seleção brasileira, Mano Menezes debateu o Modelo Barcelona x Modelo Brasileiros de formação de jogadores e depois falou sobre a preparação do time olímpico para os Jogos de Londres-2012.
“Tenho uma ideia clara do que vamos fazer. As Olimpíadas começam em 25 de julho. Temos uma data-Fifa em fevereiro em que usaremos a equipe principal e depois três meses sem datas-Fifa. A partir de junho vamos focar na equipe olímpica”, afirmou Mano, que não teme ser demitido em caso de fracasso nos Jogos Olímpicos. “Olimpíadas já tirara treinador do cargo, já deixaram... Não vou me prender a isso”, comentou Mano.
Durante a manhã de abertura do Footecon, o Barcelona, classificado como o melhor time do mundo, virou o centro das conversas. Diretor-técnico do CT La Masia, fábrica de talentos do Barcelona, o espanhol Jordi Mestre explicou o processo de formação que guia as categorias de base do clube catalão. Tricampeão espanhol e campeão europeu, o time azul-grená conta com diversos jogadores criados em casa no time titular – entre eles, Messi, Xavi e Iniesta, eleito os três melhores jogadores do mundo em 2010 pela FIFA. Mestre lembrou que são frutos de um trabalho que já dura três décadas e que tem por objetivo a formação de talentos e não resultados imediatistas nas categorias de base.
“La Masia está integrada a uma filosofia de trabalho, que segue da equipe infantil ao time principal: praticar um jogo ofensivo e espetacular. Isso não é uma aventura de um técnico ou presidente”, afirmou Mestre, que ainda enalteceu as questões econômicas de La Masia. “É um investimento que custa algum dinheiro, mas quanto custaria hoje contratar jogadores com Messi, Piquet, Puyol, Xaví, Iniesta? 80% do nosso sucesso é justificado por La Masia”.
Já Mano Menezes, apontou justamente a falta de uma filosofia comum como principal problema para a formação de jogadores. “Não há nenhum trabalho nesse sentido. Aqui no Brasil, o técnico é o projeto. Quando sai o treinador, começa tudo de novo. Deveria ser o contrário: o clube é que deveria impor sua filosofia ao técnico e não o contrário”, afirmou o técnico da Seleção, que culpou ainda a pressão por resultados desde a categoria de base. “Não conseguimos viver sem resultado aqui”. Presentes ao debate, o diretor-executivo de futebol do Vasco, Rodrigo Caetano, o coordenador-geral das categorias de base do Inter, Jorge Macedo Junior, e o diretor-executivo de futebol do Fluminense, Marcelo Teixeira, também apontaram a voracidade do mercado como um fator que dificulta a formação. “Há uma necessidade de se colocar um jogador em campo aos 17, 18 anos, sem que a sua formação esteja completa. Essa pressa corta etapas importantes”, afirmou Jorge Macedo.
Fonte: Dez na Rede
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