Nas últimas semanas uma campanha publicitária do Governo Estadual invadiu ruas, televisões e rádios anunciando que 25% das obras da Arena da Amazônia estão concluídas. Ótimos números, que colocam o estádio amazonense (única obra da Copa do Mundo visível na cidade) como um dos mais adiantados do Brasil.
Mas, o financiamento da obra ainda vem sendo uma “dor de cabeça” para o Estado. Até o momento, a maior parte dos recursos para a construção do estádio (orçado em R$ 500 milhões) saiu dos cofres do próprio Estado. As obras na Arena da Amazônia consumiram R$ 76 milhões até o presente momento. Deste montante, R$ 11 milhões saíram do empréstimo solicitado ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os outros R$ 65 milhões foram desembolsados pelo Governo.
O empréstimo de R$ 400 milhões solicitado ao BNDES sofreu alguns entraves desde que a obra foi iniciada, em junho do ano passado. O suposto sobrepreço apontado pela Controladoria Geral da União (CGU) em novembro do ano passado, em 84 itens da obra foi o principal deles. Logo após as contestações da CGU, o BNDES liberou R$ 17 milhões para a execução do projeto executivo da Arena da Amazônia.
Em abril deste ano, após uma audiência no Palácio do Planalto com o Governador Omar Aziz, a presidente Dilma Rousseff autorizou a liberação de R$ 80 milhões para as obras da Arena da Amazônia. Este montante, porém, só foi realmente liberado há 15 dias.
Críticas
Em evento realizado na última sexta-feira, no Tribunal de Contas do Estado (TCE) o Governador Omar Aziz demonstrou preocupação com a demora na liberação dos recursos federais “Como querem que a gente apronte as obras da Copa liberando recursos de ano em ano?”, questionou Omar. O Governador também frisou que está disposto a explicar qualquer questionamento da CGU. “Sou a favor da fiscalização e sempre deixei claro que respeito o papel das instituições neste processo, por isso a determinação de que nenhuma dúvida deixe de ser esclarecida”, disse.
Coordenador da UGP Copa, Miguel Capobiango disse que as obras já possuem um ritmo mais avançado do que o anunciado pelo Estado. “A obra já está 29% concluída. A Arena da Amazônia está dentro do cronograma. O ritmo não caiu nem mesmo durante o inverno”, contou. Capobiango descartou qualquer risco de paralisação da obra por conta da lenta liberação de recursos federais. “Isso é algo fora de cogitação”.
Como o processo ‘trava’?
Em contato com o CRAQUE, a assessoria de imprensa do BNDES informou que o projeto local já passou por todas as etapas previstas (carta consulta, enquadramento, análise técnica, relatório de aprovação, aprovação e contratação do empréstimo). Segundo a assessoria qualquer contestação durante qualquer parte deste burocrático processo “trava” a liberação do dinheiro. R$ 89,4 milhões foram liberados pelo Banco para a Arena da Amazônia até ontem e novas parcelas já estão previstas em um “sigiloso” cronograma, segundo o BNDES. Os Estados que buscam financiamento junto ao Banco pagarão juros de TJLP (taxa de juros de longo prazo, atualmente 6% ao ano) acrescidas de 1,9% ao ano.
Miguel Capobiango - coordenador da UGP Copa
1 A lentidão na liberação dos recursos do BNDES tem preocupado o Estado?
O BNDES começou a liberar alguns recursos, mas nossa principal preocupação atualmente é quanto ao andamento da obra. Hoje mesmo (ontem) participei de uma reunião sobre o gramado a ser utilizado na Arena. A FIFA já definiu isto e nós estamos estudando o processo do plantio, da drenagem. São detalhes que a gente não pode deixar passar.
2 A fiscalização rigorosa da Controladoria Geral da União tem atrapalhado essa liberação?
Este é o papel deles. A CGU vive discutindo detalhes. Atualmente eles se debruçam sobre o projeto executivo. Enquanto os recursos não chegam, o Estado vai investindo. A pretensão é investir R$ 100 milhões apenas na Arena.
3 Quais os próximos passos da obra?
Duas novas gruas devem chegar até o final do ano e auxiliar a obra a manter o ritmo. Até o final do ano, 100% dos pré-moldados da arquibancada inferior do lado leste estarão fixados. 910 funcionários trabalham no canteiro da Arena. Em outubro fizemos um cálculo de que já poderíamos fixar 2.300 assentos nestas arquibancadas inferiores. Hoje este número está maior. Não sei informar precisamente o quanto. Em maio de 2012, toda a área de arquibancadas estará concluída. Aí vamos começar a montar a estrutura metálica. Será o pico da obra.
Mas, o financiamento da obra ainda vem sendo uma “dor de cabeça” para o Estado. Até o momento, a maior parte dos recursos para a construção do estádio (orçado em R$ 500 milhões) saiu dos cofres do próprio Estado. As obras na Arena da Amazônia consumiram R$ 76 milhões até o presente momento. Deste montante, R$ 11 milhões saíram do empréstimo solicitado ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os outros R$ 65 milhões foram desembolsados pelo Governo.
O empréstimo de R$ 400 milhões solicitado ao BNDES sofreu alguns entraves desde que a obra foi iniciada, em junho do ano passado. O suposto sobrepreço apontado pela Controladoria Geral da União (CGU) em novembro do ano passado, em 84 itens da obra foi o principal deles. Logo após as contestações da CGU, o BNDES liberou R$ 17 milhões para a execução do projeto executivo da Arena da Amazônia.
Em abril deste ano, após uma audiência no Palácio do Planalto com o Governador Omar Aziz, a presidente Dilma Rousseff autorizou a liberação de R$ 80 milhões para as obras da Arena da Amazônia. Este montante, porém, só foi realmente liberado há 15 dias.
Críticas
Em evento realizado na última sexta-feira, no Tribunal de Contas do Estado (TCE) o Governador Omar Aziz demonstrou preocupação com a demora na liberação dos recursos federais “Como querem que a gente apronte as obras da Copa liberando recursos de ano em ano?”, questionou Omar. O Governador também frisou que está disposto a explicar qualquer questionamento da CGU. “Sou a favor da fiscalização e sempre deixei claro que respeito o papel das instituições neste processo, por isso a determinação de que nenhuma dúvida deixe de ser esclarecida”, disse.
Coordenador da UGP Copa, Miguel Capobiango disse que as obras já possuem um ritmo mais avançado do que o anunciado pelo Estado. “A obra já está 29% concluída. A Arena da Amazônia está dentro do cronograma. O ritmo não caiu nem mesmo durante o inverno”, contou. Capobiango descartou qualquer risco de paralisação da obra por conta da lenta liberação de recursos federais. “Isso é algo fora de cogitação”.
Como o processo ‘trava’?
Em contato com o CRAQUE, a assessoria de imprensa do BNDES informou que o projeto local já passou por todas as etapas previstas (carta consulta, enquadramento, análise técnica, relatório de aprovação, aprovação e contratação do empréstimo). Segundo a assessoria qualquer contestação durante qualquer parte deste burocrático processo “trava” a liberação do dinheiro. R$ 89,4 milhões foram liberados pelo Banco para a Arena da Amazônia até ontem e novas parcelas já estão previstas em um “sigiloso” cronograma, segundo o BNDES. Os Estados que buscam financiamento junto ao Banco pagarão juros de TJLP (taxa de juros de longo prazo, atualmente 6% ao ano) acrescidas de 1,9% ao ano.
Miguel Capobiango - coordenador da UGP Copa
1 A lentidão na liberação dos recursos do BNDES tem preocupado o Estado?
O BNDES começou a liberar alguns recursos, mas nossa principal preocupação atualmente é quanto ao andamento da obra. Hoje mesmo (ontem) participei de uma reunião sobre o gramado a ser utilizado na Arena. A FIFA já definiu isto e nós estamos estudando o processo do plantio, da drenagem. São detalhes que a gente não pode deixar passar.
2 A fiscalização rigorosa da Controladoria Geral da União tem atrapalhado essa liberação?
Este é o papel deles. A CGU vive discutindo detalhes. Atualmente eles se debruçam sobre o projeto executivo. Enquanto os recursos não chegam, o Estado vai investindo. A pretensão é investir R$ 100 milhões apenas na Arena.
3 Quais os próximos passos da obra?
Duas novas gruas devem chegar até o final do ano e auxiliar a obra a manter o ritmo. Até o final do ano, 100% dos pré-moldados da arquibancada inferior do lado leste estarão fixados. 910 funcionários trabalham no canteiro da Arena. Em outubro fizemos um cálculo de que já poderíamos fixar 2.300 assentos nestas arquibancadas inferiores. Hoje este número está maior. Não sei informar precisamente o quanto. Em maio de 2012, toda a área de arquibancadas estará concluída. Aí vamos começar a montar a estrutura metálica. Será o pico da obra.
Fonte: Futebol do Norte
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